quarta-feira, 23 de outubro de 2019

VI-VER


Eu amanheço quando o  bem- te- vi
anuncia com seu canto profético
que o dia nasceu

Eu me aqueço  quando o sol desponta
da janela do meu quintal
e me convida a iluminar a vida

Eu floresço quando, no meu jardim,
um botão, faminto de se tornar flor,
me inspira a crer no que há de vir

Eu arvoresço quando
um ipê  na estrada me convida
a  pausar a caminhada
à sombra do seu amor que dá cor
ao meu caminho

Eu trovejo e relampejo diante
da imbecilidade de quem não se deixa
amanhecer, florescer e arvorescer
ante a beleza que a vida nos presenteia

Triste de quem, tendo olhos sãos,
Recusa-se a aprender a olhar
Fazendo-se prisioneiro
da própria ignorância,
Ignorante, conjugará o verbo amanhecer,
sem, contudo, desbravar o dia

Gilmara Belmon

ESCREVER E OFERTAR

Trago dentro de mim uma sede de justiça, É por isso que, paradoxalmente, Meu ser transborda de esperança. A indignação me acompanha t...