Ah
a dor existe sim!
Existe
e insiste em aparecer
E
é justamente nas horinhas de descuido
Que
ela nem mesmo se apresenta,
Apenas
chega sem nada dizer
E a
alegria que fazia festa no meu peito
Agora
assim sem jeito
É
obrigada a se esconder.
Ah
dor infame
Que
impediu o meu riso de aparecer
Só
me resta agora senti-la até porque
Não
há outra coisa a se fazer
Mas
não é isso mesmo que é o viver?
Às
vezes luz, às vezes trevas,
Às
vezes dor, às vezes prazer?
Eu
só quero que diante do que me faz doer
Eu
me abandone em Deus
E
transforme em esperança o meu sofrer
Gilmara Belmon