segunda-feira, 18 de novembro de 2019

ESCREVER E OFERTAR



Trago dentro de mim uma sede de justiça,
É por isso que, paradoxalmente,
Meu ser transborda de esperança.
A indignação me acompanha todos os dias,
Ela é alimento para as minhas lutas,
É por isso que escrevo indignação por cima da palavra banalização,
Escrevo coragem antes que imponham o medo a mim.
Todas as vezes que tentam escrevê-lo em meu papel,
Eu apago, posso até rasgar se preciso for!
Eu não sei ofertar amargura,
A doçura está escrita em minha alma.
Não sei não  ofertar,
É por isso que escrevo compromisso
 nos papéis onde leio indiferença.
Ainda que uns poucos tragam espinhos aos meus dias,
Há muitos que me ofertam flores.
Ambos me educam:
Os espinhos me ajudam ser forte,
As flores acrescentam ternura à minha valentia.
Ainda que em todos papéis e paredes das ruas da humanidade escrevam trevas,
Eu, porém, escrevo luz.

Gilmara Belmon

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