quarta-feira, 23 de agosto de 2017

A JANELA DA CASA DA AMIZADE



Na casa da amizade há uma janela

De vez em quando um amigo abre

E me permite olhar por ela.

Hoje eu visitei esta casa

E lá um amigo iluminou o meu dia

Abrindo a  janela para mim

A vista dava para um jardim de afetos

Eu vi as flores exalando poesia

Vi a chuva fina beijando a terra

E senti um cheiro gostoso  de infância

Cada flor tinha um nome

De acordo ao sentimento que despertava:

Flor Esperança

Flor Coragem

Flor Singeleza

Flor Temperança

Flor Ternura

Muitas eram as flores

Tantos quantos eram os sentimentos que delas brotavam.

Confesso que desejei roubar a Flor Coragem

Mas contemplá-la me foi suficiente.

Tamanho o meu encantamento

Que nem percebi o tempo passar

Eu tive que deixar a janela

Pois estava na hora de partir,

Embora tivesse partido

Minha alma permaneceu encantada

Porque as flores permaneciam em minha memória

E o seu perfume me acompanhava.


 Gilmara Belmon

Foto: Júlio Santa Bárbara


ESCREVER E OFERTAR

Trago dentro de mim uma sede de justiça, É por isso que, paradoxalmente, Meu ser transborda de esperança. A indignação me acompanha t...