Na casa
da amizade há uma janela
De vez em
quando um amigo abre
E me
permite olhar por ela.
Hoje eu
visitei esta casa
E lá um
amigo iluminou o meu dia
Abrindo
a janela para mim
A vista
dava para um jardim de afetos
Eu vi as flores
exalando poesia
Vi a
chuva fina beijando a terra
E senti
um cheiro gostoso de infância
Cada flor
tinha um nome
De acordo
ao sentimento que despertava:
Flor
Esperança
Flor
Coragem
Flor
Singeleza
Flor
Temperança
Flor
Ternura
Muitas
eram as flores
Tantos
quantos eram os sentimentos que delas brotavam.
Confesso
que desejei roubar a Flor Coragem
Mas
contemplá-la me foi suficiente.
Tamanho o
meu encantamento
Que nem
percebi o tempo passar
Eu tive
que deixar a janela
Pois
estava na hora de partir,
Embora
tivesse partido
Minha
alma permaneceu encantada
Porque as
flores permaneciam em minha memória
E o seu
perfume me acompanhava.
Foto: Júlio Santa Bárbara