domingo, 28 de julho de 2019

COSTURAR SONHOS


Saudade da antiga máquina de costura de mainha.
Saudade de quando eu cabia em seu pedal.
Ali em baixo eu me escondia do mundo e do tempo. Eu não iria crescer, a minha infância tinha sabor de eternidade.
Eu girava aquela roda de um lado para outro e viajava para onde meu coração de menina queria ir.
Ali eu passava horas a fio costurando sonhos.
Não me  lembro dos anos,  não lembro da minha idade, só sei que eu era menina.
A máquina de costura era um instrumento do ofício de mainha, mas para mim, ela era uma máquina de fazer sonhar.
Para mainha era uma máquina de costurar roupas, para mim era máquina de costurar sonhos.
Tudo em mainha é abrigo.

Gilmara Belmon

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