Meu peito arde de indignação
ante as injustiças
Meu coração queima
ante a indiferença dos bons
Minha alma grita
Ante o silêncio que naturaliza o caos
Minha alma queima,
Arde, grita,
Chora, explode,
Inflama-se
Queima de novo,
Pega fogo,
Vive
E vivendo, vê,
Tal qual incêndio,
O mal avançando
E vivendo, ouve,
sem acreditar,
Os clamores de quem
não aguenta mais sofrer
E vivendo, grita,
Ante a ambição desmedida
E a crueldade
Desta desumana humanidade.
Gilmara Belmon