Casa
iluminada,
Belas flores,
Mesa
posta,
Tu me
chamas e me esperas,
Porque me
amas.
E eu
espero em Ti
Por Ti eu
clamo,
Porque
também Te amo.
Anseio
por este encontro.
As
inquietações são tantas!
Hesito em
dar o primeiro passo.
O que
fazer com as intempéries?
Entre a
minha casa e a Tua
Há um
caminho a ser construído.
Fico
entre a fome de partilhar da tua mesa
E o medo
de enfrentar
A
construção do caminho
E se me
faltar luz?
Se me
faltar força?
E se a
tempestade vier?
Se o sol
esquentar demais?
E se
ninguém me acompanhar?
O que
farei com as pedras ou
Com os
espinhos que eu encontrar?
Em meio
às indagações
Que me
acorrentam,
O desejo
por encontrar-te
Me toma,
Eu quero,
Anseio,
Desejo
ardentemente
Estar
contigo,
Sentar-me
à esta mesa que
Para mim
preparaste,
Ficar aos
teus pés
Para
escutar a tua Palavra
E
experimentar o teu amor.
Quando
contemplo,
Na imagem
da Santa Ceia,
o
discípulo que amavas
reclinado
em Ti,
Anseio por
estar no lugar dele,
Tão
próximo do Amor
Ali
partilhando a mesma mesa.
Será
interesseiro o meu amor?
Ir ao Teu
encontro por causa da fome?
Ir ao Teu
encontro por causa da mesa posta?
Estar na
tua presença,
Estar
contigo e
Viver
esse amor é o que mais quero
As
consequências desse amor
Me
amedrontam
Mas a
fome grita
E o
coração arde
Já estou
indo!
Gilmara
Belmon