sábado, 19 de janeiro de 2019

O PORQUÊ




Porque passei pelo breu,
Celebrei a chegada da luz

Porque enfrentei o medo,
Conheci  a coragem

Por causa das quedas,
Eu  aprendi a levantar

Porque sofri de ausências,
Dei-me conta do valor das presenças
Por causa da distância, afetou-me a saudade

Quando as fomes e a indignação me tomaram,
Eu aprendi a lutar

Por causa do horizonte,
Eu não desisti de  caminhar

Por causa da sede,
Eu me desintalei para ir em  busca da fonte

Eu preciso do conforto das linhas retas
Tanto quanto preciso dos desafios das linhas sinuosas

Eu preciso da estrada íngreme
Tanto quanto preciso da estrada plana

Eu  preciso da planície,
Mas também da montanha

O sofrimento é doloroso,
Mas há lições que só ele pode ensinar

Foi por causa da minha inquietude diante da vida,
Que me arvorei na busca do conhecimento
E também  apendi a sonhar

Se não há uma causa,
Não há porque existir
Não há porque esperançar

Gilmara Belmon

Créditos das imagens: Valdemar Ferreira e Alan Bacelar


ESCREVER E OFERTAR

Trago dentro de mim uma sede de justiça, É por isso que, paradoxalmente, Meu ser transborda de esperança. A indignação me acompanha t...